Apresentação
Era uma vez um mundo sem Photoshop, em que as imagens antigas dormiam, esquecidas, em caixotes.
Tudo mudou em 1995, ano em que no cantão suíço do Jura nasce Plonk & Replonk. Um colectivo com uma visão do mundo carregada de um humor negro e irónico, que mistura o espírito dos franceses Alexander Vialatte e Pierre Desproges, o nonsense do ilustrador norte-americano Gary Larson, a mordacidade e extravagância dos britânicos Monthy Phyton.
Desde então, Plonk & Replonk tem criado ordem e desordem, em todas as formas possíveis: livros, bandas desenhadas, t-shirts, cartazes, quadros e anões de jardim betonados.
Em 1997, Plonk & Replonk descobre os bilhetes postais, naquele que é, provavelmente, o trabalho com maior sucesso, sobretudo numa Suíça que continua a vender-se, ela própria, como se de um postal se tratasse.
Nada se perde, tudo se transforma.
A base são imagens antigas. Imagens do início do século XX sobretudo. Depois é a imaginação à solta. Com recurso à fotomontagem, as imagens ganham nova vida e às vezes cor. Mas a cereja no topo do bolo é a legenda, carregada de poesia, de absurdo e com um kitsch suíço à mistura. Uma veracidade documental de tal ordem, que quem vê se questiona “será que o topo da torre Eiffel foi mesmo colocado por uma grua?”.
O universo Plonk & Replonk pode agora ser visto todo (ou quase todo) num só espaço. O museu Le Pire de Plonk et Replonk abriu as portas no dia 21 de Dezembro, em Porrentruy, na Suíça. Descobrir o PIRE é ir ao encontro do melhor de Plonk & Replonk.
Em Portugal, o trabalho de Plonk & Replonk está, para já, disponível em Lisboa na Fabula Urbis. Mais se seguirão.